Desde o Ensino Médio somos ensinados, na disciplina de Genética, que o homem é formado pela junção de dois fatores: gene + ambiente.
As combinações genéticas são resultado da presença de material cromossômico herdado dos progenitores. Os cromossomos, por sua vez, são indicados por um aspecto seqüencial de genes, a cujo conjunto dá-se o nome de genótipo.
Lado outro, o ambiente suso referido nos dá conta de todos os fatores externos ao indivíduo que, direta ou indiretamente, condicionam ou influenciam sua formação. Dentre esses fatores, destacamos a educação formal e informal, a disciplina que nos é aplicada quando erramos, e o exemplo familiar.
Pois bem.
A clonagem consiste na (re)produção de seres vivos geneticamente idênticos, sejam vegetais, microorganismos ou animais. Esse processo, segundo os estudiosos, traz alguns malefícios, como uma grande quantidade de anomalias e o envelhecimento precoce (a ovelha Dolly faleceu com pouco mais de seis anos, enquanto que a maioria das ovelhas vive cerca de doze).
No que toca particularmente à clonagem humana, Francis S. Collins, diretor do Projeto GENOMA Humano, a respeito de uma possível combinação genética pré-moldada resultar em um indivíduo “perfeito”, ensina:
Existe, porém, outro bom motivo para que se considere essa situação idiota. Mesmo que esse embrião que é um em um milhão, a chance de obter dez genes para inteligência, habilidades musicais ou destrezas atléticas seria como perverter as probabilidades a uma quantidade pequena. Além do mais, nenhum desses genes funciona sozinho. A importância crucial da criação, da instrução e da disciplina na infância não seria evitada por um lance de dados levemente aprimorado. O casal narcisista que insistiu no uso dessa tecnologia genética para produzir um filho que poderia ser zagueiro de um time de futebol, tocar violino na orquestra da escola e tirar A+ em Matemática poderia muito bem encontrá-lo, em vez disso, em seu quarto, jogando videogame, queimando uma erva e escutando heavy metal. (grifo nosso) (A linguagem de Deus: Um cientista apresenta evidências de que Ele existe. Tradução de Giorgio Cappelli. São Paulo: Editora Gente, 2007, pp. 272-273)
Tal argumento de autoridade nos faz repisar que a clonagem humana é completamente indevida, e, por isso, deve ser expressamente proibida, especialmente porque as cópias produzidas seriam incapazes de representar o organismo copiado, seja pela diversidade de fatores externos, seja pela possibilidade das várias anomalias genéticas.
Pelo exposto, ao invés de buscarmos a “perfeição” geneticamente moldada, devemos “aperfeiçoar” os indivíduos já existentes. No Cristianismo, a Palavra de Deus tem, nesse sentido, grande importância, pois assegura: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele” (Provérbios 22.6).